O nome violão é utilizado no Brasil como forma de se chamar a guitarra clássica, um instrumento de corda, feito com um corpo oco e chato, lembrando o formato do número oito, e que utiliza cordas de nylon ou aço.
O nome violão provavelmente se originou devido a viola, que é um instrumento vindo para o Brasil pelos portugueses, e aqui originou-se um derivado a viola caipira. Apesar de o violão ser diferente da viola no timbre e também no seu número de cordas, um instrumento parece com o outro, sendo a viola uma versão menor da guitarra clássica. Provavelmente é por isso que os brasileiros decidiram chamar o instrumento de violão, ou seja, uma viola maior. Com isso, a palavra guitarra passou a se referir somente a guitarra elétrica, e algumas vezes para guitarras semiacústicas.
O Vilão – História Resumida
A história do instrumento possui divergências, sendo que são aceitas duas teorias principais sobre a origem de tal instrumento. Em ambos os casos, a história remete a quase 2000 anos a.C.
A primeira versão é que o violão se derivou do alaúde árabe, sendo apresentadas as cortes e se tornando um instrumento de entretenimento dessas, e ao longo do tempo passando por modificações. A segunda versão aponta que o instrumento derivou da Cítara romana, e que passou a ser conhecido devido à expansão que o Império Romano teve. Em nosso país, o violão derivou-se principalmente da viola trazida pelos portugueses, e foi se modernizando.
Em pouco tempo o violão se tornou muito popular no Brasil, sendo que o país conta com muitos especialistas no toque do instrumento, como Aníbal Sardinha, Clementino Lisboa, Joaquim Santos, Nicanor Teixeira, entre diversos outros grandes nomes da música brasileira.
O violão no formato que conhecemos hoje foi criado na Espanha, passando por grandes evoluções durante os anos. Nos dias atuais o instrumento pode ter vários tamanhos e formatos, sendo que cada um desses é melhor em um estilo de execução. Apesar de ser muito parecido com as outras guitarras, o violão possui como diferença as cordas de nylon, o braço mais largo, a cabeça com carrilhões, e a madeira utilizada em sua construção.
Esse é um dos instrumentos mais populares do mundo, que combina com muitos gêneros musicais, tais como o fado português, a bossa nova, o flamenco espanhol, a música erudita, o joropo venezuelano, o samba, a MPB, o sertanejo, as rancheiras mexicanas, o choro, entre diversos outros, o que mostra a abrangência do instrumento.
Tocando o Violão
Sendo um dos instrumentos mais populares, é muito comum o desejo por aprender a tocar violão, e aqueles que conseguem tal arte sempre apontam como uma experiência incrível. Sendo que é possível tocar a maioria das músicas a partir dele.
Para começar, é importante conhecer os instrumento, sendo que as suas partes principais são:
- As tarraxas: é a partir das tarraxas que você consegue apertar e afrouxar as cordas, e com isso mudar o tom em que cada uma delas esta, ou seja, elas permitem afinar o instrumento para que o som seja ideal.
- O braço: O braço é a parte longa do violão, onde estão os trastes, que são as casas que irão dividir o violão, e te orientar quando você for tocar o instrumento.
- O corpo: O corpo é a maior parte do violão, onde está a abertura que irá projetar o som que se forma no interior da estrutura, ele irá balancear os agudos e graves do violão.
As partes do instrumento podem ser mais bem detalhadas, porém essas são as partes principais com suas funções principais.
Depois, é preciso saber como segurar corretamente o instrumento. Para iniciantes o ideal é se sentar e colocar o corpo do instrumento sobre a perna direita, encaixando a parte mais “funda” da estrutura na perna. O braço direito deve estar sobre a dobra traseira, a mais alta do corpo do violão, e dessa forma o antebraço irá se movimentar para tocar o instrumento. A mão esquerda irá segurar as cordas, para isso deve se fazer um “C” com a mão, aproximando ela por de trás do braço do violão, e o polegar se mantendo na parte de trás.
Cada corda do violão corresponde a uma das notas musicais, sendo elas “Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si”, a partir de uma sequência de notas se forma os acordes, ou as escalas musicais.
Escalas Musicais No Violão
As escalas musicais, portanto, representam uma sequência ordenada de notas. Elas formam um ciclo, aonde sempre irá se voltar para a primeira nota, com distâncias entre tom e semitom. No caso do “Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si”, a sequência que existe é dada com tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom.
Escala Maior
A escala mostrada acima é chamada de Escala maior. Isso porque a sua sequência é dada por tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Quando deseja-se uma escala maior, é possível usar qualquer uma das notas, começando por exemplo do sol, com isso teríamos “sol, lá, si, dó, ré, mi, fá, sol”, e consequentemente a mesma medida entre tom e semitom. É possível formar a escala maior de qualquer uma das notas. Outro exemplo é a escala do Fá maior, com ela temos: Fá, sol, lá, si, dó, ré, mi, fá.
Escala Menor
A diferença da escala maior para a escala maior, é a sequência pela qual elas são formadas. No caso da escala menor, a sequência é tom, semitom, tom, tom, semitom, tom, tom, e novamente se repete o ciclo, voltando para a primeira nota. Sendo assim, a escala do dó menor seria: dó, ré, ré#, fá, sol, sol#, lá#, dó.
As notas que estão acompanhadas de # representam os sustenidos, ou também chamados de bemóis, e eles representam a menor distância entre duas notas. A escala menor de dó também pode ser representada por dó, ré, mib, fá, sol, láb, sib, dó, referindo-se as bemóis.
A explicação sobre sustenidos também ajuda a entender o que é tom e semitom. O tom é a distância entre os dois sustenidos, já o semitom é a distância de um sustenido. Exemplificando: de dó para ré a distância é um tom, já de dó para dó# a distância é um semitom.
Para se conseguir a escala de todas as notas no violão, basta seguir a escala do dó, descolando o desenho da mesma, assim obterá a escala de qualquer uma das notas.
Por Que as Escalas São Chamadas De Maiores Ou Menores?
A nomenclatura menor e maior é somente uma definição para chamar as escalas. A diferenciação delas está no grau. Na escala maior, o terceiro grau, sexto grau e o sétimo grau são graus maiores, eles são se encontram como tons. Já na escala menor, o terceiro grau, o sexto grau e o sétimo grau são graus menores, sendo assim semitons.
Para Que Serve as Escalas Musicais
As escalas estão presente em todo o mundo da música, pois é a partir dela que irão organizar as ideias, e identificar as notas que se transformarão no ritmo desejado. Elas irão organizar o ponto que você quer chegar na música, e atingindo assim os ritmos desejados, além disso, as escalas ajudam a identificar as notas que cabem naquele contexto. As escalas irão apontas as características, para que o musicista escolha qual usar, e assim possa criar músicas e se adaptar a ritmos.
Escala De Sol Menor Violão
Como foi dito anteriormente, no violão, para se encontrar uma escala basta seguir uma mesma sequência. O sol maior é dado pelas notas: Sol, lá, si, ré, dó, mi, fá#.
Já a escala do sol menor é dada pelas notas: Sol, Lá, si#, dó, ré, mi#, fá. A escala sol menor para o violão pode ser usada em músicas que possuem a tonalidade de Si bemol maior, já que essa é a relativa maior da escala.
O si bemol maior é a tonalidade da escala maior do si bemol, ou si sustenido. Ele é usado na maioria das vezes por instrumentos de sopro, se adaptando bem a eles, como o clarinete e o trompete. Porém ele também é muito utilizado em ritmos como merengue e salsa, que podem ser tocados a partir do violão.