História Do Sertanejo Universitário

As primeiras músicas caipiras foram associadas no Brasil á música a partir da década de 1920 por vários compositores rurais e urbanhos, outrora chamada de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e também os chamados batuques onde o som da viola é algo predominante.

História Do Sertanejo Universitário

História Do Sertanejo Universitário

O adjetivo sertanejo se refere aos locais que são mais afastados e longe das cidades, ainda que possa ser mais presente para alguns a sua relação com toda a cultura do nordeste do interior que encontroou a vegetação e os climas hostis além da dominação política dos coronéis obrigando assim a se desenvolver uma cultura de residência do matuto que era legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga. Se difere da cultura caipira principalmente a originária na área que abrange o interior do estado de São Paulo, e os Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e também Mato Grosso do sul e Paraná.

Foi ali que teria se desenvolvido uma cultura do colono que encontrou uma grande abundância de águas, terras produtivas e também um clima que fosse totalmente ameno, típico do cerrado. É conhecida como caipira ou sertaneja, a execução composta e executada das zonas rurais do campo, a antiga chamada Moda de Viola.

Os caipiras ou mesmo sertanejos muitas vezes em duplas ou solo utilizavam instrumentos considerados artesanais e típicos do Brasil colônia como por exemplo a viola caipira, o acordeão e a gaita.

A Primeira Era

Foi então no ano de 1929 que surgiu a música sertaneja como se conhece atualmente. Ela teria nascido a partir das gravações feitas pelo jornalista e escritor Cornélio Pires de causos e fragmentos de cantos tradicionais rurais do interior do estado de São Paulo, norte e ainda oeste paranaenses, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato-grossense.

A Primeira Era

A Primeira Era

Nesta época as gravações pioneiras deste gênero eram conhecidas como músicas de caipira cujas letras tinham como objetivo evocar o modo de vida do homem do interior, muitas vezes que estivessem em oposição á vida do homem da cidade bem como a beleza bucólica e romântica da paisagem interiorana, este tipo de música é hoje chamado como música sertaneja de raiz, com letras que enfatizam o cotidiano e a maneira diferenciada de cantar.

Além do cantor Cornélio Pires e sua Turma Caipira se destacaram nessa tendência mesmo que gravando em épocas posteriores as duplas Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio. Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros, vários cantores.

Segunda Era Sertaneja

Foi então que surgiu uma nova fase na história da música sertaneja, que começou depois da Segunda Guerra Mundial contando com a incorporação de novos estilos de duetos com intervalos variados e o chamado estilo mariachi, gêneros que inicialmente eram a guarânia e a polca paraguaia, mais tarde o corrido e também a rancheira mexicanos, bem como a utilização de instrumentos como o acordeom e a harpa. A temática irá os tornar gradualmente mais amorosa, conservando assim um caráter autobiográfico.

Alguns grandes destaques desta época foram os duetos de Cascatinha e Inhana, as Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, o Trio Luzinho, Limeira e Zezinha (lançadores da música campeira) e o cantor José Fortuna este que teria sido um grande adaptador da música de guarânia no Brasil.

Com o passar da década de 70 foi então que a dupla Milionário e José Rico sistematizou a utilização de diversos elementos da tradição mexicana mariachi, com os floreios de violino e o trompete para que pudessem preencher espaços entre as frases e golpes de glote que produzem a qualidade soluçante na voz. Outros vários nomes como a dupla Pena Branca e Xavantinho seguiam as antigas tradições caipiras enquanto que o cantor Tião Carreiro passava a inovar fundindo o gênero com samba, coco e calango de roda.

A Terceira Era

Houve então a introdução da guitarra elétrica e também o que era chamado de ritmo jovem, pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final de década de 1960 foi então que marcaram o início da fase moderna da música sertaneja. Um dos vários integrantes do movimento musical Jovem Guarda, como por exemplo Sérgio Reis passaram a gravar na década de 70 todo o repertório tradicional sertanejo de forma que pudesse contribuir para a penetração mais ampla do gênero. Outro expoente na época foi Renato Teixeira, outro artista a ter ganho destaque aquela altura. Naquele período os locais de diversas performances da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e também as rádios AM. Já depois da década de 80 esta penetração se estendeu as rádios FM e a televisão, sejam elas em programas semanais matutinos ou mesmo domingos e também trilhas sonoras de novelas ou programas específicos.

Foi durante os anos oitenta que houve uma grande exploração comercial massificada do sertanejo, somados em certos casos a uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da jovem Guarda. Dessa nova tendência romântica da música surgiram diversos artistas ente os quais se destacaram Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano, Chrystian& Ralf, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Gilberto e Gilmar.

O Sertanejo Universitário

Por ter surgido depois de um segundo movimento sertanejo, como o sertanejo romântico, este estilo já conta com letras tão regionais e ainda situações vividas por caipiras. Estas músicas normalmente tratam de assuntos do sertanejo romântico e da forma como todos os jovens vêem os assuntos tanto de poligamia como de traição.

Uma outra explicação para a origem destes movimentos é de cunho social. Pois a partir da década de 90 diversos jovens de regiões de interior dos estados ingressaram em universidades, trazendo consigo seus violões e romperam com o estigma de que o universitário era associado a vários outros estilos musicais.

Com as suas violas e violões eles disseminaram nos campus e repúblicas e valhe música sertaneja, e com o passar do tempo foram associando ao violão ou mesmo a viola instrumentos como baixo, guitarra, metais e instrumentos de percussão. O resultado inicial foi uma nova roupagem das antigas raízes sertanejas.

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Categoria(s) do artigo:
Sertanejo

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Comentários

  • que legal essa onda de sertanejo universitario

    anapaula 18 de setembro de 2014 17:17 Responder

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