Karol Conka

O Brasil é um dos países mais conhecidos do mundo. Isso porque, além de ter dimensões de um continente, é um país com vasta cultura, de ponta a ponta dos seus extremos. O nordeste, por exemplo, pode ser considerado um dos expoentes da cultura brasileira. De lá, saíram pratos e estilos de dança bastante reproduzidos no Brasil inteiro, como receitas que envolvem frutos do mar e o famoso axé, que foi uma verdadeira sensação no início dos anos 2000.

Embora o país seja o berço de várias tradições gastronômicas, é na música e na dança que o país se destaca perante o mundo. Muitas músicas brasileiras, sobretudo, as mais antigas, fazem sucesso no exterior. Muitas pessoas devem achar que esse é um movimento novo, ou seja, que somente as músicas atuais, que estão nas paradas brasileiras, são as escutadas lá fora. Comum engano. As músicas brasileiras que mais fazem sucesso lá fora, principalmente, em países da Europa e Ásia, são aquelas que mostrem, de forma mais fidedigna, a cultura do país. Por exemplo, um dos maiores ícones da lambada no cenário mundial, é brasileiro: mais precisamente, a banda Kaoma, na voz de Loalwa Braz, que foi responsável pelo hit “Chorando se Foi”, que, lançada no final dos anos 1980 e hoje não muito executada nas rádios, a canção é um marco do Brasil no exterior.

No entanto, atualmente, os ritmos que fazem mais sucesso no Brasil são o sertanejo universitário, MPB, Funk e o rap. Desse último gênero, uma das vozes que mais vem se destacando é o da rapper Karol Conka, que iremos falar no nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida dessa cantora, bem como alguns fatos interessantes sobre a sua vida. Vamos lá?

A Vida de Karol Conka

Nascida Karoline dos Santos de Oliveira, na cidade de Curitiba, no dia 1 de janeiro de 1987, Karol Conka é uma das rappers mais importantes da história recente do gênero no Brasil. Além disso, também é considerada como uma das representantes da voz feminina no Rap dos últimos tempos no país, cenário esse que a figura masculina era majoritária. Começando a carreira nos idos dos anos 2009 (sim, galera. 2009 já se foi há 8 anos), Conka foi a grande aposta do VMB do ano de 2011.

A sua carreira teve início dentro da escola, na qual Karol participou de um concurso de canto promovido pela própria instituição. Ao se dedicar à apresentação, Conka decidiu que queria seguir com isso depois de adulta. A sua primeira canção, considerada um demo de seu trabalho, foi disponibilizado na internet por meio da plataforma “MySpace”.

A futura cantora Karoline, enquanto criança, não cantava, mas escrevia textos, poemas e letras de música. O engraçado é que, em sua família, não havia ninguém que era musicista, somente sua mãe que, no seu tempo livre, costumava redigir poemas.  Quando atingiu a adolescência, aos 16 anos, resolveu participar de um concurso musical de sua escola, no gênero rap. Ganhou e, a partir daí, começou a tomar gosto pela música. Algum tempo depois, resolveu publicar algumas de suas músicas no myspace.

A sua carreira começou a deslanchar, de fato, a partir dos anos posteriores a 2011, quando a cantora, recebendo uma opinião positiva de suas músicas na internet, lançou hits como “Tombei”, que, apesar de ter sido lançado em 2014, só se tornou um fenômeno dois anos depois, em 2016. Pode-se perceber que “Tombei” é um hit tendendo mais para o lado pop, o que pode explicar, em parte, o sucesso alcançado posteriormente, pelo fato de que o pop está em alta no Brasil.

Karol Conka Na Vida Pessoal

Diferente das ousadas performances exibidas em seus clipes e shows, a vida pessoal de Karol Conka é bastante reservada. Ela possui um filho, que se chama Jorge, que tem a idade de 10 anos, fruto de um relacionamento que Karol manteve aos 19 anos de idade, período onde sua carreira estava começando a tomar forma. Por conta da gravidez, Conka adiou, por um tempo, os projetos musicais. Hoje, a paranaense vive em São Paulo, capital, para poder ficar mais próxima dos assuntos que envolvem a sua carreira. Jorge, no entanto, permanece em Curitiba, por um desejo da mãe, para evitar um desgaste desnecessário da fama que ela conquistou sobre o seu filho. Segundo Conka, ela não quer que o filho fique assustado com o assédio recebido por ela.

Considerada feminista, Conka diz que lutou muito para chegar onde está atualmente, já que, por conta de sua condição social e, segundo ela, por conta de sua cor, a cantora sofreu muito preconceito e encontrou na carreira da música uma maneira de dar a volta por cima. Conka contou uma vez que, quando pequena, ouviu de uma colega de classe na escola que ela só seria amiga dela se Conka fosse, um dia, uma garota branca. Refletindo sobre o pedido da “amiga”, Conka resolveu pegar um recipiente de água sanitária e, com um pano, queria passar em seu corpo para retirar a sua cor natural. Os pais, percebendo a ação da filha, a disseram que ela era “linda” e que não deveria dar ouvidos ao que os outros falassem sobre sua cor de pele e outros detalhes.

Apesar desse apoio dos pais para conseguir em busca de seu sonho, tudo mudou quando a cantora ficou grávida. Nesse tempo, seu pai já tinha morrido e a sua mãe a criava sozinha. Queria que a filha parasse com a carreira de cantora, para terminar os estudos, arranjar um emprego e ser independente. Karol, no entanto, conseguiu convencer a mãe sobre seguir com a carreira de artista, pois sabia que iria valer a pena. E realmente valeu.

Conka disse, também, que no âmbito musical, o machismo e o preconceito estão sempre juntos. Falou também que sabia que, por ser negra e a ambição de entrar em um espaço de música dominado pelos indivíduos do sexo masculino, vários tipos de preconceitos iam surgir. Mas Conka não deixou-se abater, já que a mesma disse que era “cara de pau” e que isso possibilitou ela chegar onde está agora.

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