Em 1964, o Brasil viveu o golpe militar e todos os movimentos sociais e políticos da época foram sufocados pelos militares, que passaram a controlar qualquer tipo de movimentação em direção a rebeldia daqueles que eram contra o novo sistema.
Durante esse período, os estudantes eram os maiores inimigos da ditadura e eram reprimidos pelos militares, até que em 1968, eles encontraram um novo modo de dar voz as suas ideias, através da música. Foi exatamente 4 anos depois do golpe que a música popular brasileira começou a chegar a grandes massas, que através dela, ouviam aquilo que os militares não permitiam que fosse dito livremente. Neste período, final dos anos de 1960, que o regime militar se viu ameaçado, através dos festivais de MPB que era organizados pelos jovens cantores, um dos mais importantes, a Tropicália.
Para garantir o controle, os militares não pouparam a censura a tudo e todos, promulgando o AI 5, em 1968, que controlava toda manisfestação ligada à cultura. Com isso, as músicas sofriam cortes ou simplesmente eram 100% censuradas. O controle era feito através de um “órgão” do governo militar chamado Divisão de Censura de Diversões Públicas. Se tratava de uma censura sem nenhum tipo de critério, que usava como argumento o corte por “proteção à moral vigente” ou simplesmente “por motivos políticos”.
http://www.youtube.com/watch?v=zkE4YldFfyAA Perseguição Durante a Vigência Do AI 5
A corrida de gato e rato começou mesmo antes da promulgação do AI5, alguns cantores já estavam na mira dos militares, como Taiguara, Geraldo Vandré, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Caetano e Gil foram presos pela primeira vez, em maio de 1968, acusados de “irreverência constrangedora”. Os militares diziam que eles tinham desrespeirtado o hino nacional depois de cantá-lo na versão tropicalista em uma boate chamada Sucata.
Para fugir da repressão dos militares, os baianos se exilaram em Londres, entre os anos de 1969 e 1972, e quando voltaram ao país, continuaram a serem perseguidos pela ditadura, vendo seguidos vetos as suas músicas. A perseguição aos cantores brasileiros continuou por parte dos militares, e aquele que passou a ser considerado o inimigo número 1 da ditadura foi Geraldo Vandré, que teve a sua canção “Pra Não Dizer que Falei das Flores” como hino contra o sistema opressor. Alguns historiadores afirmam que foi essa a canção que impulsionou a criação do AI 5, que a proibiu de ser executada e só voltou a ser ouvida em 1979. E claro, o seu autor, Geraldo Vandré, também foi obrigado a se exilar, entre os anos de 1969 e 1973.
Outro nome que se opôs fortemente a ditadura militar foi o cantor Taiguara, que passou a ser observado pelos militares em 1971. Em 1973, teve um álbum com 11 músicas proibidas. Depois desse episódio, se exilou em Londres e gravou um LP todo em inglês, mas não pode lançá-lo, a sua gravadora, EMI, recebeu um veto da polícia federal brasileira. Taiguara não se deu por vencido e recorreu ao chamado Conselho Superior de Censura, era o ano de 1982, conseguindo que o seu álbum fosse totalmente liberado, sem cortes.
http://www.youtube.com/watch?v=b5CK-0yClO0A Ditadura Militar Contra Chico Buarque
Os militares costumavam a ter os seus alvos preferidos na MPB, depois de perseguir Geraldo Vandré, o preferido deles passou a ser Chico Buarque de Hollanda. Com certeza, ele foi o cantor que mais recebeu vetos dos militares durante o regime.
Chico Buarque começou a carreira e ao mesmo tempo começaram os seus problemas com os militares. O cantor ficou exilado na Itália, entre 1969 e 1970, quando voltou mandou para avaliação da censura a canção “Apesar de Você”, sem muita esperança que fosse aprovada e não só foi, como não sofreu nenhum corte. Chico Buarque a gravou imediatamente e vendeu mais de 100 mil cópias, porém, a história não terminou bem. Um jornal comentou que a música fazia referência ao presidente Médici, o que fez com que o exército brasileiro invadisse a fábrica da Philips e aprendesse todos os discos, destruindo-os depois.
Depois do episódio de destruição dos discos, as músicas de Chico Buarque passaram a ser constantementes vetadas, assim como as capas dos seus Lps. Em 1973, mais uma canção passou pelo veto, “Cálice”, sendo proibida de ser cantada e gravada, mas o baiano Gilberto Gil decidiu desafiar a ditadura e cantou a composição de Chico Buarque em um show para estudantes. Foi uma forma de homenagear um estudante que tinha sido morto pela ditadura.
Na segunda vez que a música de Chico, proibida pelos militares de ser cantada, ia ser apresentada pelo compositor e Gilberto Gil, eles tiveram o microfone desligado, isso aconteceu durante o evento chamado “Phono 73”, promovido pela gravadora Polygram. Se tratou de um recuo da organizadora do festival para não ter problmeas com os militares.
Milton Nascimento e Outros Cantores Brasileiros Que Sofreram Com a Ditadura Militar
Milton Nascimento também teve várias das suas músicas vetadas, em um único álbum, três faixas foram retiradas, uma delas, que teria a participação de Dorival Caymmi, acabou atrapalhando o encontro dos cantores.
Em 1973, explodiu a banda Secos&Molhados. Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad, que subiam aos palcos com os rostos pintados. O estilo andrógeno de Ney Matogrosso, que se apresentava sem camisa e com roupas decoradas com plumas e mais o seu rebolado fez com que a censura ficasse de olho neles, considerado um problema a moral e bons costumes da época. Ficou então, proibido que as câmeras focassem o cantor.
Outros nomes também tiveram problemas com o ditadura, Gal Costa, Gonzaguinha, Raul Seixas, Luiz Melodia, entre outros.
Os cantores de MPB durante o período da ditadura militar, tentavam através das suas composições se opor ao regime e passar a mesma mensagem aos jovens, os seus fãs. Um modo de tentar enganar o sistema opressor, que nem sempre funcionava, uma vez que eles já conheciam as manobras e ficavam de olho em determinados cantores. Mesmo com tanta opressão, controle e censura, muitos nomes da música popular brasileira conseguiram dar o seu recado através da música, o que custou a eles um período fora do país, para evitar a prisão ou qualquer tipo de tentativa de força maior, como a tortura, prática comum no período militar.
nossa eu achei tudo o que eu precisava aki
eu tb
eu tam bem
É muito triste sabermos que um país democrático como o Brasil já teve a arte censurada. Felizmente, estamos trilhando os caminhos da democracia, novamente.
Vocês realmente acredita que estamos indo para uma democracia real, com estes guerrilheiros no poder, absolvendo ladrões do dinheiro publico, com a bandidagem sendo colocada nas ruas e matando gentes inocentes, con saidas de Natal, dia das mães, pais e agora criaram saida de pascoa, sem leis e punições severas, com construções de estádios padrão FIFA e a saúde pedindo socorrooooo
Concordo totalmente
mt triste
minha resposta é a melhor eu estava precisando saber e achei isso é de mais logico foi eu que a escrevi.
esse assunto é muito bom vai continuar na estoria é muito bom aprender tudo sobre a epoca
Nenhum deles foi exilado. Saíram porque quiseram. Foram passar temporadas na Europa : Caetano e Gil na Inglaterra, para estudarem ingles, Chico na Itália para estudar italiano, Edu Lobo na França, e por aí vai. Retornaram a hora que quiseram. Sevfossem exilados não poderiam retornar. O conceito “Exílio” no Direito significa perda de passaporte ( ou não emissão ) e o País para onde se vai, aceitar receber o exilado. O mesmo ( exilado) não pode retornar a origem. Esse pessoal resolveu tirar onda, dizendo que “foram exilados” enquanto faziam oposição disfarçada contra o regime militar, e usaram isso para enriquecerem e enganarem fãs otarios.