Campo Harmônico Menor Melódico

Quando vamos nos dedicar aos estudos musicais, devemos conhecer diversos pontos importantes para que possa ser gerada uma melodia. Um dos estudos mais importantes na música é o das escalas, dentre as escalas estruturais se encontra: a escala maior, a escala menor, a escala menor harmônica e a escala menor melódica.

Dentre o que aprendemos dentro das escalas, encontramos o campo harmônico, que se refere a um conjunte de acordes que será formado pelas notas de uma das quatro escalas musicais estruturais.

Nesse artigo iremos conhecer um pouco mais sobre o que é melodia, o que são os acordes, o que são as tríades e os graus das escalas, e por fim, aprofundar o conhecimento no campo harmônico menor melódico.

O Que É a Melodia?

A definição de melodia é a seguinte: uma sucessão de sons e silêncios que irão se desenvolver de forma linear e cada uma com sua identidade própria. Dentro de uma composição ela é o ponto mais importante, tendo apoio do ritmo e da harmonia.

Para ser uma melodia é preciso que a sequência de sons e silêncios tenha uma coerência musical, esses sons normalmente possuem durações diferentes, formando dessa forma o ritmo, tendo alturas diferentes.

Para criar a melodia é preciso que haja uma tonalidade, a nota que será referência para montar a escala ou harmonia daquela melodia, essa é a nota chamada de tônica, ou ainda o tom da música. Os acordes que serão sugeridos pela melodia criada estarão contidos no campo harmônico da escala que a nota tônica indicou.

O Que São Os Acordes?

Acordes

Acordes

Quando vamos compor uma música, o conjunto harmônico de três ou mais notas encontrado na composição é chamado de acorde, essas notas parecem que estão sendo tocadas juntas, mesmo que por vezes elas não estejam realmente. Os acordes mais comuns são as tríades, que unem três notas distintas, sendo as mais comuns as tríades menores e as tríades menores, e depois as tríades aumentadas e as tríades diminutas, sendo isso as descrições dos acordes. Quando uma música contém uma série de acordes temos uma progressão harmônica, eles são numerados com algarismos romanos para serem identificados.

Cada escala tem o seu próprio campo harmônico, e para ele ser montado é preciso que haja os intervalos das notas. Vamos analisar um exemplo prático com a escala do dó maior:

A escala do dó maior é a seguinte: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.

O acorde dessa escala é: dó, mi e sol.

A primeira nota, que nesse caso é o dó, é como será chamado o acorde, a segunda nota, o mi, irá classificar se ele é um acorde menor ou maior, e a terceira nota do acorde, nesse caso o sol, irá determinar se ele é diminuto, aumentado ou justo.

Nota Dó

Nota Dó

Vamos entender melhor as tríades:

As tríades possuem intervalos, no caso de um acorde maior serão usados dois tons da nota tônica para a terceira nota, e um tom e meio da terceira nota para a quinta nota. No caso de um acorde menor será usado um tom e meio da nota tônica para a terceira nota e dois tons da terceira nota para a quinta nota. No caso de um acorde aumentado usam-se dois tons da nota tônica para a terceira nota e dois tons da terceira nota para a quinta nota. E nos acordes de meio diminuto será usado um tom e meio da nota tônica para a terceira nota e um tom e meio da terceira nota para a quinta nota.

Quais São Os Graus Da Escala?

As notas de cada escala irão gerar um acorde, sendo assim cada escala possui sete acordes, e as notas dentro desses acordes são classificadas pelo grau. A primeira nota, ou também chamada de nota tônica é o primeiro grau da escala, a segunda nota da escala, também é chamada de supertônica, é o segundo grau da escala, a terceira nota, também chamada de mediante, é o terceiro grau da escala, a quarta nota, também chamada de subdominante o quarto grau da escala, a quinta nota, também chamada de dominante, é o quinto grau da escala, a quinta nota da escala, também chamada de superdominante, é o sexto grau da escala e a sétima nota, também chamada de sensível, é o sétimo grau da escala.

A menor distância possível entre uma nota e outra é chamada de semitom, a distância de dois semitons é um tom, já três semitons formam um tom e meio, e assim por diante.

A Escala Menor Melódica

Escala Menor Melódica

Escala Menor Melódica

A escala menor melódica foi originada a partir de uma alteração feita na escala menor harmônica, onde há a distância de do sexto grau e do sétimo foi diminuído para criar algo mais melódico. Passou a ser de um tom e meio para meio tom.

A escala Am menor melódica é a seguinte: A, B, C, D, E, F#, G#

As notas com # são notas com sustenido.

O Campo Harmônico Menor Melódico

O campo harmônico da escala menor melódico possui os acordes seguindo uma ordem, que poderá ser acompanhada abaixo:

  • Nota do primeiro grau: será sempre menor, como por exemplo, o acorde de Am.
  • Nota do segundo grau: será sempre menor, como por exemplo, o acorde de Bm.
  • Nota de terceiro grau: será sempre aumentado, como por exemplo, o acorde de C+.
  • Nota de quarto grau: será sempre maior, como por exemplo, o acorde de D.
  • Nota do quinto grau: será sempre maior, como por exemplo, o acorde de E.
  • Nota de sexto grau: será sempre diminuto, como por exemplo, o acorde de F#m (b5).
  • Nota de sétimo grau: será sempre diminuto, como por exemplo, o acorde de G#M (b5).

    Campo Harmônico Menor Melódico

    Campo Harmônico Menor Melódico

Área Do Campo Harmônico Da Escala Menor Melódica

Essa escala não possui área subdominante. Nesse caso, o llm7 da escala menor melódica possui uma função modal.

No Bemol:

  • Quando há o tom de Am: Am Bm C+ D E F#m(b5) G#m(b5) Am;
  • Quando há o tom de Dm: Dm Em F+ G A Bm(b5) C#m(b5) Dm;
  • Quando há o tom de Gm: Gm Am Bb+ C D Em(b5) F#m(b5) Gm;
  • Quando há o tom de Cm: Cm Dm Eb+ F G Am(b5) Bm(b5) Cm;
  • Quando há o tom de Fm: Fm Gm Ab+ Bb C Dm(b5) Em(b5) Fm;
  • Quando há o tom de Bbm: Bbm Cm Db+ Eb F Gm(b5) Am(b5) Bbm;
  • Quando há o tom de Ebm: Ebm Fm Gb+ Ab Bb Cm(b5) Dm(b5) Ebm;
  • Quando há o tom de Abm: Abm Bbm Cb+ Db Eb Fm(b5) Gm(b5) Abm.

E em Sustenido:

  • Quando há o tom de Am: Am Bm C+ D E F#m(b5) G#m(b5) Am;
  • Quando há o tom de Em: Em F#m G+ A B C#m(b5) D#m(b5) Em;
  • Quando há o tom de Bm: Bm C#m D+ E F# G#(b5) A#m(b5) Bm;
  • Quando há o tom de F#m: F#m G#m A+ B C# D#m7(b5) E#m(b5) F#m;
  • Quando há o tom de C#m: C#m D#m E+ F# G# A#m(b5) B#m(b5) C#m;
  • Quando há o tom de G#m: G#m A#m B+ C# D# E#m(b5) Fxm(b5) (G7(b5)) G#m;
  • Quando há o tom de D#m: D#m E#m F#+ G# A# B#m(b5) Cxm(b5) (Dm(b5)) D#m;
  • Quando há o tom de A#m: A#m B#m C#+ D# E# F#m(b5) Gxm(b5) (Am(b5)) A#m.
Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Cifras

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *