Cantor Lenine

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel mais conhecido como Lenine é brasileiro e nasceu no dia 02 de fevereiro de 1959, em Recife e se tornou um grande músico sendo compositor, escritor, cantor, letrista e arranjador. A cidade do Recife onde ele morava infelizmente não tinha recursos no ramo da música e por esse motivo foi morar na cidade do Rio de Janeiro mais ou menos no fim de 1970 com alguns amigos que já eram compositores naquela época.

Suas composições foram gravadas por cantores de sucesso como Fernanda Abreu, Milton Nascimento, O Rappa, Maria Bethânia, sendo a primeira a gravar uma composição dele a cantora Elba Ramalho. Trabalhou como diretor musical de inúmeras minisséries na televisão e também para longa metragem. Já ganhou prêmios como “Grammy Latino” e também como “Melhor Canção Brasileira” pela música “Martelo Bigorna”.

Um Cantautor e Suas Influências

Lenine se define como um cantautor, palavra que usa para designar a condição de cantor que interpreta composições próprias, tal e qual um trovador do século 12. Suas músicas falam sobre questões pertinentes ao seu universo pessoal como seus amores e suas sagas que atravessam os anos. Quando questionado sobre suas referências, Lenine, faz questão de destacar que os primeiros nomes a ter peso em sua vida de autor de canções foram Chopin, Bach, Ângela Maria, Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro.

As influências de Lenine se tornam mais voltadas ao rock quando ele conhece bandas como The Police e Led Zeppelin. O Brasil volta a sua pauta de compositor quando conhece o álbum ‘Clube da Esquina’ de Milton Nascimento e Lô Borges, lançado no ano de 1972. A efervescência musical de Lenine fez com que ele encontrasse seu caminho na arte de compor e cantar por suas próprias mãos, embora, em 1974 tenha feito uma tentativa de ter um ensino formal no Conservatório de Pernambuco.

O Violão

Quando inicia sua trajetória como cantor, Lenine, tem no seu violão mais do que um instrumento musical, ele é o seu aliado para enfrentar o público que parece cada vez mais amedrontador. O que inicialmente era um instrumento para ajuda-lo a superar a barreira do contato com o público passa a ser a sua marca registrada ao longo dos anos. É possível não pensar em Lenine como um exímio instrumentista?

Mudança de Rumo

O jovem Lenine sentiu o chamado da carreira artística ao participar de conjuntos como o Nós & Voz e o Flor de Cactos tomando então uma difícil decisão, a de largar o curso de Engenharia Química na Universidade Federal de Pernambuco para se dedicar a música. Ao comunicar essa decisão a família durante um jantar foi surpreendido pelo comentário de seu pai: “Por que demorou tanto?”.

Buscando tornar-se um músico, Lenine, se muda para o Rio de Janeiro onde passa a morar na Casa 9 que tem como frequentadores alguns músicos da mesma geração com destaque para Ivan Santos, Pedro Osmar, Julio Lurdemir, Lula Queiroga e Fuba. Foi uma fase de grande produção musical tanto para Lenine quanto para os colegas com quem fez parcerias sensacionais.

Baque Solto

Com tanta coisa boa criada, o grupo da Casa 9, resolve criar um show para apresentar as suas produções no Teatro Ipanema à meia-noite. O resultado dessa temporada é o primeiro álbum de Lenine, “Baque Solto”, com a aprovação do produtor Roberto Menescal. Esse trabalho, lançado em 1983, foi uma parceria com Lula Queiroga. Nesse período o cantor ainda não tem grande reconhecimento artístico aproveitando oportunidades como compor sambas para o bloco de rua chamado “Suvaco de Cristo”.

Quem ajudou Lenine nessa etapa difícil de sua vida foi à produtora de TV Anna Barroso que no futuro se tornaria sua mulher e a mãe e madrasta de seus filhos e atuais colaboradores musicais: João Cavalcanti, Bruno Giorgi e Bernardo Pimentel.

Olho de Peixe e o Início do Reconhecimento

O momento de dificuldade vai ficando para trás em 1993 com o lançamento do álbum “Olho de Peixe” que conta com a parceria com o músico Marcos Suzano. Esse trabalho se tornou o cartão de visitas do cantor no exterior permitindo que ele levasse as suas composições para além das fronteiras nacionais. Os três trabalhos seguintes consolidam Lenine como um artista pop híbrido sendo, respectivamente: “O dia em que faremos contato” de 1997; “Na pressão” de 1999 e “Falange canibal” de 2002. O último rendeu ao cantautor o seu primeiro prêmio de expressão, o Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro.

A premiação viria a se repetir na mesma categoria com seus dois trabalhos seguintes que são: “Lenine in Cité” (CD e DVD) de 2004 e “Acústico MTV” de 2006. Para completar sua galeria de Grammys, Lenine, ainda ganhou como Melhor Música Brasileira com as canções “Martelo Bigorna” e “Ninguém faz ideia”. Completando sua basta coleção de prêmios há dois APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e doze Prêmios da Música Brasileira.


Contador de Histórias

O artista repensa sua forma de criar seus álbuns ao compor para balés, “Breu” em 2007 e “Triz” em 2013 – ambos para o Grupo Corpo. Ao invés de reunir canções prontas para ter um álbum ele passa a pensar num tema e em seguida compor as músicas de acordo com essa decisão. No ano de 2008 ele lançou o disco “Labiata” como uma referência a sua paixão por orquídeas.

O disco de 2011 se chama “Chão” e tem incorporado em suas canções sons do cotidiano como de uma cigarra, de uma chaleira e até de uma máquina de lavar roupas. Para fechar bem a trilogia, Lenine, lançou em 2015 o álbum “Carbono” em que tem um encontro com suas raízes do Pernambuco. Esses trabalhos marcaram uma fase muito positiva na vida do cantautor.

Realizações Mais Recentes

Na sequência de “Carbono”, Lenine, dá corpo ao trabalho “The bridge – Lenine & Martin Fondse Orchestra – Live at Bimhuis” no ano de 2016, na Holanda. Em 2018  cantor lançou o álbum “Em Trânsito” no qual estão as principais características de Lenine como cantautor. Certamente ele continuará fazendo sua música sem rótulos e com muitas influências.

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