Quer aprender algumas escalas para conseguir tocar violino? Que tal saber um pouco mais sobre esse instrumento antes, para que possa entender melhor como toca-lo? Então vamos lá, confira abaixo:
Um Pouco Sobre O Violino
O violino se inclui na classificação dos instrumentos de corda friccionada, pela forma que é tocado.
Ele foi criado pelo italiano Gasparo de Salò, por volta do século XV. No início era chamado de rabeca, e somente depois do século XX é que passou a ser conhecido, na língua portuguesa, como violino.
Ele está na família da viola, violoncelo e contrabaixo, e dentre eles, é o mais agudo e também o menor instrumento. Possui quatro cordas que vão da mais aguda (Mi5) ate a mais grave (Sol3) e entre elas há a Lá4 e a Ré4. Seu timbre é estridente, brilhante e muito agudo, e pode ser alterado depende da forma em que o toca e o tipo de corda usada, criando um som mais aveludado. A extensão é do Sol3 até o Si6.
Normalmente, para se produzir o som, é usada a fricção do arco contra as cordas, mas também é possível toca-lo beliscando e dedilhando as cortas, além de friccionar o arco de outras formas, como por exemplo, com sua parte de trás. O arco friccionado as cordas produz em cada uma delas um som diferente.
Esse instrumento também pode ser amplificado, utilizando método eletrônico, como microfones ou captadores. Isso é bem usado nos naipes de cordas das orquestras. O violino é mais usado no estilo musical de concerto, porém seu som combina com vários outros gêneros musicais, como rock, música popular, música clássica, música popular, dentre outros. Em uma orquestra o líder, ou seja, quem comanda os tocadores de violino, é chamado de spalla, e ele é o personagem mais importante nela depois do maestro.
Os profissionais que trabalham construindo os violinos são chamados de luthiers. Essa profissão é considerada artística, pois tudo é feita de forma artesanal. O som do violino é acústico, sendo que a caixa de ressonância de madeira que existe dele já o amplifica naturalmente.
As Partes Do Violino
Além do instrumento, o violino é sempre carregado em um estojo, que o protege e também acopla o arco, e outros objetos importantes, para ser algo mais prático de se carregar. Dentro do estojo, além do arco e do violino, é possível carregar outros utensílios, como a surdina, a almofada, a resina, uma flanela para manutenção e limpeza das cordas, um umidificador, um arco reserva, um diapasão, um higrômetro, as partituras, um metrônomo, dentre outros.
O violino em si é composto por várias partes, confira abaixo todas elas:
- A voluta: esse é o fim do braço, ou a ponta do instrumento, sendo a sua parte mais fina, local onde ele estará o menor possível para o instrumento. Ela pode possui formato espiral, e pode ser simples, ou talhada de forma rica em detalhes.
- A Pestana: está no “topo” do instrumento, é o local onde se fixam as cordas do violino.
- A Cravelha: Essas são as peças usadas para fixar as cordas do instrumento, existindo uma cravelha para cada uma das cordas, no total de quatro, sendo elas feitas de madeira. Elas são usadas para afinar o instrumento, pois é a partir delas que pode se apertar ou soltar mais as cordas, girando as cravelhas no sentido horário ou anti-horário. O violino é um instrumento que desafina muito fácil, e por isso é bem importante saber manusear as cravelhas.
- O Espelho: O espelho do instrumento é a parte de cima do braço, ou seja, a parte que ficam em paralelo com as cordas.
- O Estandarte: É uma peça que se encontra fixada no final do braço do violino, é nela em que se fixaram as cordas na parte do corpo do instrumento, é uma peça só para todas as cordas.
- As Cordas: É a partir das cordas que se produz o som no violino. As cordas são fixadas nele pelas cravelhas e pelo estandarte. Atualmente as cordas podem ser feitas de aço cromado ou outro material sintético, e então será revestida com materiais mais resistentes, a maioria é de níquel ou de alumínio, mas há até cordas revestidas de prata, já na época da criação do instrumento elas eram feitas de tripa de carneiro. A ordem de afinação vai do Mi, que é a primeira corda, ao Sol, que é a última corda, as cordas centrais são Lá, sendo a segunda e Ré, sendo a terceira.
- O Cavalete: O cavalete serve para apoiar as quatro cordas do instrumento ao longo do espelho. Elas são mantidas no lugar devido a ranhuras que existem nele. É a partir do cavalete que as vibrações são transmitidas para o corpo do instrumento e se amplificam na caixa de ressonância.
- A Escala: São as repartições que estão presentes no cavalete, e serve de indicador para conseguir criar notas e sons musicais com o violino.
- Os Ouvidos: São pequenos buracos ao longo da estrutura de todo o corpo do violino, é a partir deles que o som se propaga no violino, e atinge o espaço externo e se torna audível. Eles também são chamados de Efes, ou ainda aberturas acústicas.
- O Fixo: Se localiza no estandarte, é feito de metal, sendo uma espécie de parafuso, que pode ser girado para também auxiliar na afinação das cordas.
- O Micro afinador: Aparelho que fica próximo ao estandarte e tem função de auxiliar na afinação.
- A Queixeira: usada para acomodar o queixo do violinista, que deve apoia-lo no instrumento quando for tocar.
Essas são as partes do violino, mas além delas há outros utensílios que são usados para que ele seja tocado, vejamos:
- O arco: Sem ele o violinista não irá tocar com perfeição o seu instrumento, por isso pode ser considerado até mesmo uma parte do instrumento fora dele. O arco é grande, cerca de 75 cm, e em sua extremidade há fios que tocarão as cordas. Esses fios são feitos de nylon, que é o mais comum, ou de crina de cavalo, que é mais raro, porém traz maior qualidade, já a peça que o segura é feita em madeira. A parte em que o músico segura o arco é chamado de talão.
- A resina: A resina é passada nos fios do arco, e após a sua utilização o resultado é maior adesão do material dos fios ao das cordas, e com isso maior qualidade do som.
- A surdina: Usada para abafar o som do violino ou mudar o seu timbre.
- A Espaleira: Usada para apoiar o violino no ombro do violinista.
- O Higrómetro: esse utensílio não é preciso para se tocar o violino, mas recomendado para a sua preservação. Deve ser mantido dentro do estojo, pois ele irá alertar o nível de umidade do local e ver se as condições são ideias para a conservação do instrumento.
Como Segurar E Manusear O Violino:
Primeiro de tudo, o violinista precisa estar em uma posição correta, e essa é de forma ereta e com o busto para frente, já as pernas devem se encontrar levemente abertas, equilibrando assim o corpo. Dessa forma ao movimentar o arco, o peso do corpo será dividido entre as duas pernas, e em passagens mais aceleradas, o peso será jogado com maior intensidade na perna esquerda.
Para segurar o violino, é preciso coloca-lo em cima da clavícula esquerda do tocador, e então de leve o manter sobre o ombro esquerdo. Já o braço e o pé esquerdo irão estar na mesma direção. Daí com o violino inclinado irá se apoiar com maxilar na queixeira, de forma que o instrumento fique na posição horizontal. O ombro esquerdo estará solto, pois se ele for forçado o movimento do braço fica impedido. No caso de ombros baixos, deve se usar a espaleira para o apoio, dessa forma não se força nem o ombro e nem o pescoço. Tudo isso deve ser feito de maneira natural, transformando o instrumento em uma extensão do seu corpo.
O cotovelo do braço esquerdo estará abaixo do tampo do violino, com inclinação para a direita, isso, junto do pulso e do antebraço voltados para a mesma direção, facilitam a movimentação dos dedos. Os dedos devem estar encurvados na altura das cordas, o polegar fica apoiado no braço do violino, já que são usados somente os outros quatro dedos para toca-lo. Ao tocar as cordas não fique nem com os dedos e nem com o cotovelo endurecido, ao coloca-los sem força o som sairá de maneira perfeita. Os dedos que não estão tocando o violino se mantêm curvados.
Como Manusear O Arco
O arco é pego com a mão direita, o braço deve estar solto e leve, facilitando o movimento. O peso do braço fica sobre o arco, somente a mão irá estar forçada, o braço fica leve. A mão o segura com o polegar e os outros dedos curvados, a ponta do polegar fica no talão do arco, e a outra metade fica na madeira, em posição perpendicular. O arco é segurado com as falanges dos dedos, e o dedo mínimo fica próximo ao botão do arco, com a sua ponta. O indicador é que irá controlar a pressão que o arco fará nas cordas, e com isso controlando timbre e volume do instrumento. Segurar de forma correta é importante para a boa execução do som.
O movimento chamado de pronação ocorre ao pressionar o dedo indicador no arco, tirando a pressão que estaria no dedo mínimo, e isso faz com que o som se torne mais intenso, esse movimento ocorre na ponta do arco. Já o movimento de supinação consiste no contrário, pressionar o dedo mínimo no arco, e com isso alivia a pressão do indicador, e então criando um som menos intenso, esse movimento ocorre no talão do arco.
Escala De Mi Menor No Violino
Agora que já conhece um pouco mais de como se toca o violino, vamos conhecer uma das escalas possíveis nele, a escala do mi menor. Essa escala é usada em músicas que possuem Mi menor e Sol maior, que é a relativa maior da primeira.
A escala mi menor é formada pelas notas: E – F# – G – A – B – C – D.