Modos Escala Menor Harmônica

Quando se estuda sobre música, há muito que aprender, nesse artigo vamos conhecer os modos, além de descobrir quais os modos estão na escala menor harmônica.

Primeiro vamos entender o que são modos gregos e suas divisões, sendo elas: modo jônico, modo dórico, modo frígio, modo mixolídio, modo eólico e modo lócrio, depois, entender a origem desse nome, e por fim, os modos compreendidos pela menor harmônica.

Os Modos Gregos

Os modos gregos são tipos de escalas, possuindo sete modelos diferentes para a escala maor natural, a escala maior natural corresponde ao primeiro modo grego, que é chamado de modo Jônico, todos os modos serão divididos da mesma forma das escalas, com tom e semitom. Vamos conhecer todos eles:

Modo Jônico

Modo Jônico

Modo Jônico

Para entender o modo jônico, podemos pegar como exemplo a escala de dó maior, a partir dela é possível compor a escala das outras notas. Na escala do dó maior fica assim:
C, D, E, F, G, A, B (a própria escala maior).

Nessa escala iremos observar a seguinte sequência: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom.

Esses modos são mais utilizados nos instrumentos de cordas, é possível notar isso quando se estuda todos os modos.

Agora vamos conhecer o Modo dórico.

Modo Dórico

O modo Dórico nada mais é que a mesma escala maior vista no modo jônico, porém, dessa vez, ele irá começar com a nota Ré. Nesse modo a escala é a seguinte:

D, E, F, G, A, B, C (é a escala menor com a sexta maior).

E a sequência que está sendo observada no modo Jônico é a seguinte: tom, semitom, tom, tom, tom, semitom, tom.

Mas qual a utilidade disso tudo?

Parece mesmo que é algo tedioso e chato de se estudar, mas quando você compreende a sua utilidade fica bem mais motivado. Na sequência do modo jônico observamos o Ré dórico, sendo então a tonalidade dele o dó maior, isso por que foi construída a escala dórica a partir das notas que compõe a escala maior do Dó.

Em relação ao formato do tom e semitom, na escala dórica, ele fica diferente do que é observado da escala maior natura, pois aqui esta sendo observado outra nota que não é a do primeiro grau, e sim a do segundo grau.

Mas, qual é a aplicação prática?

Quando sabemos o que foi listado acima, podemos observar uma aplicação prática, pois quando se está estudando o campo harmônico maior, é possível ver que os acordes fazem parte da tonalidade de Dó maior.

Quando uma música começa com Ré menor, e continua com acordes como Am, F e Em, se pode concluir que a tonalidade dessa música é o dó maior, mesmo que o próprio acorde do dó maior não tenha aparecido na música. Com isso é possível improvisar um solo em cima dessa música, utilizando a escala de dó maior (sim, mesmo sem ela aparecer de forma explicita você somente saberá dela pelo estudo dos modos gregos). Mas se a música começa com ré menor, o solo pode começar com ré ao e não com dó, não é mesmo? Porém, pode se aplicar aqui o Ré dórico, onde será enfatizado a nota Ré, porém, usando a escala de Dó maior. Ou seja, o Ré dórico é o acorde de Ré menor, mas a tonalidade é a do Dó.

Modo Frígio

Modo Frígio

Modo Frígio

Vamos observar o Modo Frígio a partir do uso da escala maior de Dó, só que dessa vez começando com a nota Mi. Dessa forma a sequência fica assim:

E, F, G, A, B, C, D (sendo a escala menor com o segundo grau menor).

E a sequência observada do Modo Frígio é a seguinte: semitom, tom, tom, tom, semitom, tom, tom.

A utilização prática do modo Frígio é a mesma exemplificada para o modo Dórico, porém, dessa vez pensamos na nota Mi menor ao invés da Ré Menor, dessa forma, se quiser fazer um solo em mi menor, em uma música com tonalidade de Dó maior, basta usar a escala de Mi Frigio.

Modo Lídio

Esse modo irá começar com o quarto grau da escala maior, usando também a escala de Dó, sendo então o quarto grau o Fá. Vale lembrar que os modos gregos podem ser construídos a partir de qualquer escala maior, e o uso da escala de Dó é somente para exemplificar de forma mais concreta. Vamos conferir como fica a escala de Fá Lídio:

F, G, A, B, C, D, E (sendo essa a escala maior com a quarta aumentada).

Sendo que a sequência que observamos no Modo Lídio a seguinte: tom, tom, tom, semitom, tom, tom, semitom.

Modo Mixolídio

Modo Mixolídio

Modo Mixolídio

Esse é o quinto modo grego, portanto, iremos pegar o quinto grau da escala de Dó maior, que é a nota Sol. Dessa forma, a sequência da escala de Sol Mixolídio fica assim:

G, A, B, C, D, E, F (sendo essa a escala maior com a sétima menor).

E a sequência que iremos observar no Modo Mixolídio é a seguinte: tom, tom, semitom, tom, tom, semitom, tom.

Além da aplicação para a utilização dos modos gregos do ponto de vista do improviso, é importante também destacar outra utilização. Quando a ideia é fazer um solo de uma música com a tonalidade Dó maior, começando a partir da nota Sol, iremos utilizar a escala de Sol Mixolídio, como foi explicado mais detalhadamente no exemplo acima, mas se você não estiver totalmente convencido com tal prática, já que para usar a escala maior de Dó, basta usar a o desenho de Dó maior, mas começando com a nota Sol (que seria a maneira mais conhecida de se utilizar).

Mas, e se a música estiver mudando de tonalidade?

Antes ela era da tonalidade Sol Maior e agora passou a ser Dó maior, você irá usar o desenho pulando para a região do dó maior, mas, com o desenho de Sol Mixolídio, é possível continuar na mesma região que estava antes, somente mudando o desenho, o que vai deixar o solo mais bonito e também mais fluido, pois a mudança de tonalidade não será muito grave, se tonando suave e agradável, usando a maneira mais conhecida, o braço que está tocando o instrumento terá que mudar de posição, e isso tornará a mudança de tonalidade brusca.

Grandes nomes da música tem total conhecimento dos modos gregos, para que o som de seus solos sejam sempre bem fluídos, e seja um trabalho bem feito. Dominar os modos gregos faz com que o seu solo não fique viciado, além de possuir controle total do braço do instrumento.

Modo Eólico

Modo Eólico

Modo Eólico

O modo Eólico também é chamado de modo eólio, e como estamos seguindo, irá corresponder ao sexto grau, dando continuação ao exemplo com Dó, o sexto grau é o lá. Dessa forma, a escala fica assim:

A, B, C, D, E, F, G (é a escala menor natural).

E temos como sequência observada no modo eólico a seguinte: tom, semitom, tom, tom, semitom, tom, tom.

O sexto grau menor é a relativa menor, usando o modo eólico para fazer um solo estaremos usando a relativa menor.

Modo Lócrio

Temos agora o sétimo e último modo, sendo que a sua escala fica da seguinte forma:
B, C, D, E, F, G, A (é a escala menor com a segunda menor e a quinta diminuta).
Sequência observada: semitom-tom-tom-semitom-tom-tom-tom

Quando treinamos os modos gregos pensando nos graus, é possível identificar rapidamente a tonalidade das músicas, após se acostumar com os padrões.

A Origem Dos Nomes Dos Modos

Os modos gregos possuem nomes bem diferentes, que podem até parecer estranhos para alguns. A sua origem se deu na Grécia Antiga, os povos dessa região tinham maneiras de organizar os sons da escala, cada um da sua forma, e esses povos eram oriundos das regiões da Eólia, Lídia, Frigia, Dória e Jónia, por isso os modos acabaram herdando os nomes dos povos. Já o modo Mixolídio surgiu com a mistura do modo Dórico e do modo Lídio, e o modo Lócrio surgiu para completar o ciclo.

De todos os modos, o Eólico e o jônico são os que são mais utilizados, pois foram difundidos na Idade Média, e veja só, o que conhecemos hoje como escala menor e escala maior, são os modos gregos. Como esses modos se tornaram mais comuns, os estudantes de música, no geral, acabam conhecendo primeiro a escala maior e menor, mesmo que os modos gregos tenham vindo antes.

Escala Menor Harmônica

Escala Menor Harmônica

Escala Menor Harmônica

Essa escala se parece com a escala menor natural, sendo a única diferente delas o sétimo grau, sendo ele na escala menor harmônica um sétimo grau maior, já na menor natural o sétimo grau é menor.

Confira esse exemplo de comparação usando a escala de Lá menor Natural, e a do Lá menor Harmônica:

Notas da escala Am Natural: A, B, C, D, E, F, G

Notas da escala Am Harmônica: A, B, C, D, E, F, G#

A única diferença que encontramos é no sétimo grau, que no caso da escala de lá menor é a nota Sol. Como o sétimo grau é maior na escala menor harmônica, há um aumento da distância entre o grau seis e sete, e ao mesmo tempo diminui-se a distância entre o grau sete e oito, conferindo assim um som bem diferente e interessante para a música. Ao tocar a escala menor harmônica podemos perceber que ela provoca uma melodia agradável.

A escala Menor Harmônica de Dó fica assim:

Dó, ré, mib, fá, sol, láb, si, dó

Como Usar a Escala Menor Harmônica?

A escala menor harmônica pode ser usada sobre acordes dominantes, com a sétima maior, ela irá dar um efeito muito interessante nas músicas e é ideal para ser usada em improvisações.

Modos Escala Menor Harmônica

Agora que já conhecemos os modos gregos e também um pouco da escala menor harmônica, vamos conferir os modos na escala menor harmônica.

Eólio 7+ é a escala menor harmônica.

O Lócrio 6 está no segundo grau da escala.

O jônio 5 sustenido está no terceiro grau da escala.

O Dórico 4 sustenido está no quarto grau da escala.

O Mixo 6b9b está no quinto grau da escala.

O lídio 9 sustenido está no sexto grau da escala.

E, o Dim está no sétimo grau da escala.

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