Quem está no caminho de se tornar um músico precisa se dedicar ao estudo das notas musicais. No entanto, enquanto tenta estabelecer relações entre o que aprende na teoria e a prática você já se pegou pensando por que a nota dó se chama dó e a nota fá se chama fá? Se sim continue lendo, pois vamos apresentar a origem desses nomes, algo que pode até te ajudar a aprender com mais facilidade.
Origem dos Nomes das Notas Musicais
A origem dos nomes atribuídos às notas musicais são letras de alfabetos diferentes, inclusive em países anglo-saxões ainda correspondem a letras. Lá é correspondente de A, o si equivale ao B, dó ao C, ré ao D, mi ao E, fá ao F e sol ao G. A nomenclatura das notas musicais em países latinos e eslavos foi estabelecida conforme o trabalho de monge italiano chamado Guido D’Arezzo que viveu durante o século 11.
A ideia do monge era conseguir criar um sistema que tornasse possível se lembrar dos tons das sete notas. A forma encontrada por ele para fazer isso foi utilizar as sílabas iniciais de cada verso no Hino a São João Batista:
“Ut queant laxis/Resonare fibris/Mira gestorum/Famuli tuorum/Solve polluit/Labii reatum/Sancti Ionnis.”
A tradução desse trecho seria ou menos assim:
“Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”.
Dessa forma as sete notas eram representadas por: ut, ré, mi, fá, sol, lá e o si (junção de Sancte Iohannes, o homenageado na canção). A substituição de ut por dó se deu seis séculos depois, em 1693. Era muito difícil pronunciar ut no solfejo (entonação ou leitura dos nomes das notas musicais) de maneira que foi substituído. Uma curiosidade é que em alguns países como a França, por exemplo, a primeira nota da escala musical ainda é chamada de ut.
Mas, Qual é a Origem das Notas Musicais?
Inicialmente o ser humano se manifestava sonoramente através dos seus movimentos corporais bem como da emissão de vocábulos, as palavras emitidas através das cordas vocais. Em algumas culturas acreditava-se que a música tinha uma origem divina sendo um presente concedido por uma divindade.
Para outras culturas a música era equivalente direta do cosmos e a movimentação dos planetas. Juntamente com o nascimento da música foram criadas as primeiras lendas ao seu respeito. Civilizações distintas viveram suas próprias experiências com a música e tentaram estabelecer metodologias para padronizar a maneira de compor e se expressar.
Os gregos antigos deixaram registros de formas de padronizar a criação de peças musicais por meio de um sistema em que eram utilizadas letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo surgiram diversas tentativas para realizar uma padronização de forma que fosse mais simples divulgar as peças musicais.
Influência da Física e da Matemática na Música
Pode parecer estranho estabelecer uma relação entre áreas tão distantes como a da música e das exatas, mas a verdade é que sem a física e a matemática não teria sido possível para o homem aprender a utilizar instrumentos musicais. O estudo das ondas sonoras permitiu identificar a existência de sons audíveis (que podem ser ouvidos pelo ser humano) e sons inaudíveis (que só conseguem ser ouvidos pelo ser humano através do uso de equipamentos especialmente desenvolvidos para tal).
Na categoria dos sons audíveis estão aqueles que usamos para nos comunicar como a fala e também a música. Os sons que não conseguimos ouvir podem ser usados para finalidades de engenharia, medicina e ciências como o ultrassom. Dessa forma fica evidente que a música é um exemplo perfeito de integração de física, matemática, arte e tecnologia.
Escalas Musicais
Notas musicais são sons cujas frequências são determinadas permitindo a observação da existência de uma relação física e matemática entre elas. O conjunto das sete notas musicais que conhecemos como escala é uma sequência de sons que estão organizados de forma ascendente ou descendente conforme a frequência em que a música está fundamentada.
A organização as escalas musicais se dá usando uma relação matemática previamente definida entre as frequências de cada uma das notas musicais. No ocidente a escala tem sete notas musicais que produzem 12 sons já que há 5 semitons. A música indiana usa uma escala com 22 notas enquanto que a música árabe possui uma escala com 16 notas.
Atualmente as notas usadas tem uma frequência básica (440 Hz) e por meio dela se chega à determinação das outras notas. Para obter as demais notas é realizada a multiplicação ou divisão pela nota anterior usando um fator constante, é como o processo de uma progressão geométrica. Uma curiosidade é que o diapasão é um instrumento que fornece a frequência de 440 Hz sendo bastante usado por grupos musicais.
Notas Musicais e Cifras
As notas musicais podem ser indicadas através das sete primeiras letras do alfabeto como mencionamos no início do artigo de maneira que temos:
A – Lá
B – Si
C – Dó
D – Ré
E – Mi
F – Fá
G – Sol
Uma curiosidade é que a notação alemã considera que B se refere a nota si bemol enquanto H é o representante da nota si natural. Letras podem ser equivalentes tanto a notas musicais isoladas como também a acordes. As letras indicam acordes quando estão escritas sobre uma pauta ou pentagrama com uma melodia.
Nesse caso são acordes que dão origem a harmonia da canção e recebem o nome de cifras, conceito importante para quem é músico. Quando as letras estão isoladas e estão em maiúsculo se referem a acordes maiores. Cifras de acordes menores são representados pela letra seguida pela letra m minúscula do seu lado. As notas musicais se constituem em sinais que indicam a altura do som da música. A escala musical consiste nas sete notas musicais sucessivamente tendo a primeira letra repetida, ela pode ser descendente ou ascendente dependendo de qual o sentido em que é representada.
Gostou de saber mais sobre a origem dos nomes das notas musicais assim como de conceitos como escala musical? Curta e compartilhe em suas redes sociais com seus amigos!