Marcha-Rancho e Binário Ternário ou Quaternário

Nos primeiros anos do século 20, a marcha-rancho que também era chamada de marcha de rancho, se popularizou entre músicos de instrumentos de sopro. O nome veio do fato de que essas ‘orquestras’ improvisadas tocavam geralmente em ranchos carnavalescos do Rio de Janeiro. A diferença entre a marcha-rancho e as marchas convencionais era o seu ritmo mais lento e uma parte melódica melhor desenvolvida. Que tal conhecer mais sobre essa marcha?

Marcha-Rancho: Conheça Sua História

Como mencionamos no início do artigo, a marcha-rancho, começou a se popularizar no começo do século passado. A primeira compositora de marcha de carnaval foi Chiquinha Gonzaga, maestrina, compositora e pianista, que no ano de 1899 surpreendeu a todos com a marcha “Ó Abre Alas” – para o cordão Rosa de Ouro do Rio de Janeiro – dando início à tradição das marchinhas.

Nos últimos anos da década de 1920, a marcha-rancho, passou a ser produzida por compositores profissionais. Em 1927, Eduardo Souto, grava o que entrou para a história como o primeiro registro de marcha-rancho, “Moreninha”, com coro. Algumas experiências musicais foram feitas nesse intervalo de tempo na busca por determinar um guia para as marchas-rancho, contudo, foi em 1938 que a composição “As Pastorinhas” de João de Barro e Noel Rosa que se estabeleceu a definição do estilo.

Compasso da Marcha-Rancho

Embora tenha o andamento mais lento do que a marchinha convencional, a marcha-rancho, segue o mesmo compasso binário. A linha melódica é mais elaborada e seu andamento muito mais cadenciado. Outra diferença entre a marchinha e a marcha-rancho está no tamanho da letra da música. Nas marchinhas a canção é mais curta enquanto que na marcha-rancho é mais longa e com temas mais poéticos e melódicos. Um gênero carnavalesco bastante lírico e que fala sobre histórias e sentimentos mais nobres. Não é atoa que muita gente ainda gosta muito de marcha-rancho hoje em dia.

Conhecendo a Definição de Marchinha

Mulheres Cantando Marchinha

Mulheres Cantando Marchinha

Já que falamos sobre as marchinhas acima como um contraponto da marcha-rancho é válido conceitua-las também. Marchinhas nada mais são do que composições alegres que embalam os foliões do carnaval desde o começo do século passado. Essas músicas têm compasso binário e uma marcação acentuada de tempo. O objetivo era realmente criar um ritmo de marcha haja vista que os foliões do carnaval realmente se punham a marchar.

Inicialmente o ritmo era mais lento uma vez que seguiam o padrão das marcha-rancho, contudo, conforme foi evoluindo a composição de marchinhas esse ritmo também se tornou mais alegre. Vale lembrar que a primeira marcha composta especialmente para o carnaval foi “Ó Abre Alas’ já citado. Foi somente a partir da segunda década do século 20 que as marchinhas adquiriram importância para a festa carnavalesca.

Muitos compositores passaram a se dedicar a criação dessas marchinhas para que pudessem então se destacar durante o período da maior festa popular do Brasil. As letras das marchinhas geralmente versam sobre acontecimentos do cotidiano de uma forma alegre e usando duplo sentido para adicionar certa ironia para contar os ‘causos’. Você gosta de marchinhas? Qual a sua favorita?

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Notícias

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *