O funk é considerado com um estilo musical, cuja origem se deu nos Estados Unidos, no fim dos anos 1960. Esse estilo surgiu através da soul music, apresentando uma batida um pouco mais pronunciada, e com algumas influências do rock, do R$B, e também da música psicodélica.
As principais características do funk são: uma seção rítmica e forte de metais, uma linha de baixo densa, uma percussão dançante e bem marcante e um ritmo sincopado.
Primeiro MC de Funk do Brasil e do Mundo
A mudança mais marcante nesse estilo musical aconteceu na década de 70, tendo sido realizada por George Clinton, através das suas bandas chamadas Parliament e, depois, a Funkadelic. O funk, naquela época, era considerado mais pesado, e recebia influência direta da psicodelia. Assim, originou-se o gênero denominado P-Funk.
Nessa ocasião, surgiram algumas bandas de renome como, por exemplo, a Earth Wind & Fire, B.T. Express, Kool & The Gang, Commodores, Lakeside, Brass Construction, e etc.
Com a chegada da década de 80, o funk tradicional foi “quebrado”, dando origem a vários outros subgêneros, conforme a preferência do ouvinte, uma vez que a música, na ocasião, era puramente comercial.
Do funk, surgiram p break, o hip-hop e o rap. Estes, por sua vez, acabaram ganhando uma força imensa nos Estados Unidos, por meio das bandas Soulsonic Force e Sugarhill Gang.
O house music surgiu no fim dos anos, também derivado do funk. Ele unia o funk tradicional com efeitos sonoros e com samplers. Esse estilo se tornou, então, o maior fenômeno no mundo todo, nas pistas de dança. Pouco tempo atrás, o funk passou por mudanças, mais voltadas para o lado metal.
No Brasil, o estilo originário do funk é o funk carioca. Essa mudança aconteceu nos anos, e recebeu influência de um novo ritmo que surgiu na Flórida, denominado Miami Bass, cujas batidas eram mais rápidas, e continha músicas erotizadas.
Os bailes funks passaram a atrair muitas pessoas a partir dos anos 1989. No começo, as letras dos funks falavam sobre armas, a vida em favelas e drogas. Após um tempo, as letras passaram a adotar a sexualidade e duplo sentido.
O funk carioca é muito comum em diversas partes do país, e também fora. No ano de 2005, ele chegou a fazer bastante sucesso no verão europeu.
Os primeiros bailes funks que aconteceram no Brasil foram realizados na área nobre do Rio de Janeiro, na Zona Sul. Os bailes funks começaram a acontecer no subúrbio somente depois que a MPB começou a crescer, e que o “Canecão” começou a ser usado, que eram onde aconteciam os bailes.
Os encontros eram semanais, de acordo com o foi descrito em “DJ Malboro no funk”, uma obra de Suzana Macedo. Ao fim da década de 70, depois que a imprensa começou a descobrir o funk, este foi se espalhando pelo país.
O que acontecia naquele momento era a popularização do um estilo musical que, até aquele momento, estava sendo produzido apenas na periferia, e para as pessoas da periferia.
Nos anos 80, a ideia principal do funk era dominada pelo Miami bass. Esse gênero musical é bem parecido com o eletro, e que contém batidas cujo comando fica por conta do DJ. No entanto, as suas letras são em inglês.
O DJ Malboro, ou Fernando Luíz Mattos da Matta, foi o maior responsável por tornar o funk o que ele é hoje em dia. Inclusive, foi o DJ Malboro a pessoa que introduziu o uso da bateria eletrônica nesse gênero. E que é usado até os dias de hoje.
No fim dos anos 80, ele lançou u seu 1° disco, que recebeu o nome de “Funk Brasil”. A partir de então, a maior parte das produções no Brasil passaram a ser totalmente nacionais, indo desde as batidas, até mesmo às letras. Esse período ficou marcado como uma fase de consolidação desse gênero musical no país, o funk.
O Funk nos Anos 2000
O funk ainda passou por várias mudanças nos anos 2000. E elas não aconteceram somente onde ele teve origem, que era na periferia. O funk agora estava adentrando as academias, as casas noturnas, e muitos outros lugares que eram frequentados, em grande parte, por pessoas da classe média.
Ainda nessa época, quem começava a fazer sucesso eram os bondes, como é o caso do Bonde do Tigrão, por exemplo. A sua criação não aconteceu nos anos 2000. Mas, foi somente nesse ano que eles começaram a fazer sucesso. O Bonde do Tigrão chegou, inclusive, a ganhar, pela Pró-Música Brasil, o disco de platina em 2001.
Um tempo depois, as mulheres também começaram a integrar esse gênero musical. Uma das precursoras foi a MC Tati Quebra Barraco. Os principais temas abordados em suas músicas são empoderamento, sexo e liberdade.
Funk – Produto Cultural
Nos dias de hoje, o funk é responsável por movimentar milhões de reais na indústria musical. Há, inclusive, vários canais no Youtube sobre o tema.
Mas um dos principais é o Canal Kondzilla, que pertence à Kondzilla Filmes, que é uma empresa produtora de clipes. A maior parte dos seus clipes são de funk. O canal já tem mais de 36 milhões de inscritos. O clipe brasileiro com maior número de acessos é desse canal.
Podemos citar como exemplo de cantora desse gênero musical, com um exemplo de produto cultural, a MC Loma. Ela publicou uma das suas músicas nas redes sociais e, em pouquíssimo tempo, ela se viu como a dona de uma das músicas de funk mais tocadas no Brasil.
Depois que o seu vídeo original fez o maior sucesso, ela foi convidada pela Kondzilla para realizar uma regravação da música que explodiu na internet.
Subgêneros do Funk
Conheça abaixo os principais subgêneros do funk no Brasil:
- Funk carioca
- Funk ostentação (funk paulista)
- Funk pop
- Funk consciente
- Funk proibidão
Polêmicas Envolvendo o Funk
Conheça agora as principais polêmicas envolvendo esse gênero musical:
- Erotização infantil, esse assunto está em constante debate, uma vez que as crianças que entram no mundo do funk costumam se vestir e dançaram como se fossem adultas.
- Dança, que estimulam muito a sexualidade.
- Letras, que costumam falar de sexo, ostentação e o corpo feminino.
• Vestuário, as mulheres que dançam e cantam funk costumam usar pouquíssima roupa.